Servindo os clientes através da interrupção


Não há como negar alguns privilégios que temos na vida, e um deles que tenho tido é todos os dias temos o pão entregue à porta de manhã. E se agora dá jeito, durante a pandemia ainda mais prático foi.

E mais uma vez a buzina da carrinha anda um pouco “rouca”, de obviamente tanto buzinar. E em troca rápida de palavras, a sra. que faz a distribuição, na brincadeira dizia que não ganhavam para a quantidade de buzinas trocadas.

Contou também que uma das coisas mais difíceis para ela no início era o ter que buzinar para chamar as pessoas a sair de casa. Sentia-se desconfortável porque de certa forma criava aquela interrupção, incómodo e chamava a atenção para todos olharem para ela e a carrinha.

A verdade é que se ela não o fizesse, tinham menos clientes e por sua vez, clientes como eu, não teriam o benefício da compra. E deixavam o mercado para outro distribuidor menos “envergonhado”, porque se há clientes, haverá sempre alguém que os forneça.

Eu achei interessante, porque tenho muitos clientes que têm medo do canal digital, porque sentem que estão a interromper os clientes ou potenciais clientes. Ou que os vão chatear demasiado, ou simplesmente não querem chamar a atenção para si com a “buzina”.

Mas se temos uma solução que tem procura, os clientes que a encontram estão satisfeitos, não deveria perder a vergonha de tocar a buzina? Ou vai deixar para os seus concorrentes tocarem as suas buzinas e depois queixar-se que estamos em crise e que as vendas estão a diminuir?

Não tenha medo, sirva os clientes através da interrupção e verá que vai encontrar bons clientes e clientes gratos que os interrompeu um dia para apresentar a sua oferta.

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